Olá meus queridos
amigos!!!
Hoje eu acordei com
um enjoo terrível, uma vontade de vomitar que vocês não imaginam. Ontem saí com
o Mateus, fui no aniversário de uma amiga dele lá no Rancho Fundo. Foi muito
divertido! Comi tanto! Rodízio de pizza, e eu amooooo. Achei que por isso estava
passando mal, mas o meu médico (e a Paula também) me falou que enjoos matinais
são perfeitamente normais no primeiro trimestre de gestação. Graças a Deus já estou me sentido melhor
e até consegui fazer uma refeição decente. E é claro que tenho que me
preocupar com o que estou consumindo, né? Porque esses dois bebezinhos aqui dependem da
minha alimentação, rsrs.
Gente, aproveitando
que eu estou falando alimentação... fiquei muito curiosa sobre como o embrião
recebe a nutrição a partir do organismo materno. Então decidi pesquisar e
contar para vocês. :)
Vamos começar
falando então sobre a placenta...
A Placenta:
A placenta é um órgão discóide que fica do lado de fora do
útero, e tem como função realizar a troca de nutrientes do sangue da mãe para o
bebê, e por incrível que pareça não ocorre mistura estre o sangue materno e o sangue fetal.
O bebê não fica
dentro da placenta.Ele fica mesmo é dentro do âmnio. Sempre ouvi minha avó
dizendo isso e cresci acreditando, mas agora que estou grávida descobri que é
totalmente diferente. Todo mundo sempre diz que a bolsa estourou, ou que os
médicos a romperam de forma forçada né, mas essa bolsa que todo mundo fala não
é onde o bebê está. Essa “bolsa” é formada a partir da fusão do âmnio e do
córion liso (uma membrana que fica em torno do embrião). Assim que li essa novidade fui correndo
compartilhar com minha amiga Paula rsrsrsrs. Ela está me ajudando muito!
A placenta é formada pelo córion viloso que é a parte embrionária e
a decídua basal que é a parte materna.
Ela é muitíssimo importante, porque juntamente com as
membranas fetais e o cordão umbilical, auxilia na proteção, nutrição e
respiração do feto.
E como a placenta é
formada? O desenvolvimento inicial
da placenta acontece através da proliferação do trofoblastro, do aumento do
saco coriônico e das vilosidades coriônicas. As vilosidades coriônicas cobrem todo
o saco coriónico até o inicio da oitava semana de gestação (Fig. 2-A). Com o
crescimento do saco coriônico, as vilosidades coriônicas vão sendo comprimidas
até degenerarem, ocorrendo a formação do córion
liso. Com o córion liso já estabelecido, as vilosidades relacionadas à decídua
basal proliferam, constituindo o córion
viloso, a porção fetal da placenta (Fig. 2-B).
No fim da quanta semana, uma rede vascular presente na
placenta já é capaz de realizar trocas de gases, nutrientes e excreções do
concepto para a mãe.
Durante a formação da placenta é produzido o hormônio hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana), que
pode ser encontrada no sangue ou na urina, sete a dez dias após a concepção.
Membranas fetais:
Cordão Umbilical:
O cordão umbilical é formado a partir do saco amniótico que
forma o epitélio do cordão, do alantóide que forma as veias e as artérias
umbilicais e da vesícula umbilical.
-do-cordao-umbilical/
Âmnio e Líquido Amniótico:
O líquido amniótico desempenha
papel de grande importância na gestação dos bebês.
Funções que ele realiza:
·
amortizar o ambiente fetal contra traumas, e suas propriedades
antibacterianas.
·
Permitir o desenvolvimento do pulmão dos bebes
·
Ajuda no controle do da temperatura
·
Permite os movimentos dentro da bolsa
·
Evita a aderência do âmnio ao embrião
·
Auxiliam na homeostasia de líquidos e eletrólitos
Pela importância que o líquido amniótico desempenha
na boa evolução da gestação, é fundamental compreender suas vias de regulação,
podendo assim desenvolver terapias
para restaurar seu volume quando ele esteja
alterado.
Nas primeiras semanas de gestação, o líquido amniótico
é um simples ultrafiltrado do plasma materno,
já no final do primeiro trimestre a composição do líquido amniótico
começa a mudar, passando a se assemelhar ao plasma
fetal, equilíbrio esse conseguido através da pele fetal e de outras vias de
troca, como a placenta e o cordão umbilical.
Uma curiosidade:
Vocês acreditam que estima-se que
o bebê nas fases finais da gravidez deglute até 400 ml de líquido amniótico
diariamente.
Vesícula umbilical (ou saco vitelínico):
Nos bebezinhos, apesar de não ter a função de fornecer o vitelo, a vesícula umbilical serve como local de transferência para os nutrientes que chegam ao embrião, antes do estabelecimento da placenta.
Nos bebezinhos, apesar de não ter a função de fornecer o vitelo, a vesícula umbilical serve como local de transferência para os nutrientes que chegam ao embrião, antes do estabelecimento da placenta.
Alantoide:
Li que nos répteis essa estrutura é importante para fazer a excreção, embora nos humanos ele não tenha essa função, o alantoide é importante para formar o sangue inicial nos embriões; para gerar estruturas como vasos sanguíneos no cordão umbilical; participa da formação da bexiga urinária, formando uma estrutura chamada de úraco (um cordão que liga a bexiga ao umbigo).
Li que nos répteis essa estrutura é importante para fazer a excreção, embora nos humanos ele não tenha essa função, o alantoide é importante para formar o sangue inicial nos embriões; para gerar estruturas como vasos sanguíneos no cordão umbilical; participa da formação da bexiga urinária, formando uma estrutura chamada de úraco (um cordão que liga a bexiga ao umbigo).
Gemealidade:
É evidente que eu tinha que falar para vocês sobre a
gestação de gêmeos, né? haha
Estudando sobre o assunto, vi que
devemos classificar os gêmeos conforme a origem do zigoto. Isso quer dizer que
gêmeos que vieram de um único zigoto são chamados de monozigóticos, mas eles
podem ser univitelinos ou bivitelinos.
Os gêmeos originados de mais de
um zigoto são chamados de dizigóticos ou polizigóticos (mais de dois zigotos)
eles também podem ser univitelinos ou bivitelinos.
Então gente, essa informação que
aprendemos lá no colégio que diz que gêmeos
monozigóticos são univitelinos e gêmeos dizigóticos são bivitelinos é PAPO FURADO, viu?
Mas como ocorre a
formação de gêmeos dizigóticos (ou gêmeos fraternos)?
Eles são formados pela fecundação de dois ovócitos por dois
espermatozoides. Aí podem nascer dois bebezinhos do mesmo sexo, ou de sexos diferentes (confesso que gostaria que os meus filhos fossem um casalzinho, haha). Os gêmeos dizigóticos
são por isso considerados com irmãos de mesma idade, e, em conseqüência, também
denominados gêmeos fraternos.Mas os gêmeos dizigóticos não possuem
características similares, são como quaisquer irmãos que nasceram em datas
diferentes, podem se parecer.
Quando são implantados no endométrio com certa
distância, os zigotos agora chamados de blastocistos,começam a se implantar no
endométrio. Esses blastocistos então, se implantados com uma certa distância um
do outro, são chamados de gêmeos dizigóticos
bivitelinos (dois zigotos, duas placentas). Porém gente,pode acontecer
também dos blastocistos serem implantados muito próximos um do outro, fazendo
as placentas se fundirem, aí os
gêmeos são chamados de dizigóticos
univitelinos. Esse tipo de implantação em que as placentas se fundem é mais
raro de acontecer, mas ainda assim existe essa possibilidade.
Quando
isso ocorre somente o exame microscópio na região de união das placentas
mostrara a presença da chamada zona T, composta de quatro lâminas (um âmnio de
cada lado e dois córions no meio). Entre os dois córions será possível observar
o trofoblasto e vilosidades coriônicas atrofiadas.
E os gêmeos monozigóticos, hein??
Os gêmeos
monozigóticos, popularmente chamados de idênticos, são formados à partir um
único óvulo fecundado por um único espermatozoide. Nesse caso, vai acontecer a formação de dois novos embriões
derivados de um só zigoto (por isso eles serão geneticamente idênticos) e serão
sempre do mesmo sexo.
O que pode acontecer é que mais ou
menos no 4° dia (durante a clivagem) o embrião pode se partir durante sua
movimentação nas trompas. Resultando
na formação de dois embriões, cada um com seu saco amniótico. Então, quando
forem se implantar no endométrio, um distante do outro, cada um terá sua
própria placenta, e serão chamados de gêmeos monozigóticos bivitelinos (em
35% dos casos de gêmeos monozigóticos). Se forem implantados muito próximos um
do outro, eles terão placentas fundidas e serão monozigóticos
univitelinos.
Se acontecer do embrião se partir já
como na fase de blastocisto, o embrioblasto pode se quebrar e formar dois ou mais
embriões, já que é do embrioblasto que se forma a placenta. Eles dividirão uma
placenta, sendo então chamados de monozigóticos univitelinos.
Síndrome de transfusão entre gêmeos:
Acontece quando numa gravidez monocroniônica, (placenta partilhada ou
fundida), diamniótica (duas membranas de líquido amniótico) pode ocorrer a
anastomose dos vasos coriônicos. Esta condição acontece quando os vasos da vilosidade coriônica se fundem e o
suprimento sanguíneo fica misturado - o contrário do que ocorre em uma gestação
normal, em que o suprimento é direcionado para os dois vasos placentários de forma separada. Ao ocorrer
essa fusão, um dos dos gêmeos terá um aporte maior de sangue, fazendo com que
esse feto passe a ser o receptor e o outro feto, que recebeu menor quantidade de fluxo sanguíneo, seja o doador. O gêmeo doador
geralmente é menor, e pode sofrer anemia pela falta de fluxo sanguíneo. Já o
gêmeo receptor geralmente é maior, mas pode desenvolver problemas de
insuficiência cardíaca devido à grande quantidade de fluxo sanguíneo que recebe.
Fica evidente a preocupação com a ocorrência dessa
síndrome, já que ela pode levar à complicações e até à morte de um ou dos dois
fetos. O que se pode (e deve ser feito!!!) é um pré-natal adequando, possibilitando um diagnóstico rápido, para assim haver um melhor acompanhamento desta
gravidez. Os tratamentos são feitos através de amniocentese (retirada de parte
do líquido amniótico do gêmeo receptor) para equilibrar a quantidade de líquido
entre os fetos. Também pode ser feita uma terapia a laser, sendo essas, duas formas eficientes de tratamento, apresentando ótimos resultados.
Gente, por hoje é só, empolguei e
escrevi demais rs. Amanhã vou falar para vocês como OCORRE A CIRCULAÇÃO
PLACENTÁRIA...
Um beijooo, fiquem com Deus!
Referências:
BEIGUELMANBERNADO, O Estudo de
Gêmeos. pags; 15-16.
http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v5n4/27758.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v5n4/27758.pdf
MOORE K L., PERSAUD T.V.N.
Embriologia Clínica. 7ª Edição. Elsevier, 2008 pags; 76-95.
Sites:
http://www.ib.usp.br/biologia/projetosemear/estanodna/caracteristicashumanas.html. Acesso em: 15/05/2016.
http://www.ib.usp.br/biologia/projetosemear/estanodna/caracteristicashumanas.html. Acesso em: 15/05/2016.
http://www.desvirtual.com/bbeiguel/GEMEOS.PRN.pdf. Acesso em: 15/05/2016.
Rev.
Bras. Saúde Matern. Infant., pags 404, Recife, 5 (4): 403-410, out. / dez.,
2005
http://blogdalo.com.br/o-que-e-e-qual-a-funcao-do-cordao-umbilical/Acesso em: 16/05/2016.
Luna, adorei essa postagem. Agora entendi tuudo de gêmeos de uma maneira super divertida. Continue postando novidades, estou ligadinha no "Mundo da Luna".
ResponderExcluirBeijos