segunda-feira, 16 de maio de 2016

Placenta, membranas fetais e gemealidade.

Olá meus queridos amigos!!!

Hoje eu acordei com um enjoo terrível, uma vontade de vomitar que vocês não imaginam. Ontem saí com o Mateus, fui no aniversário de uma amiga dele lá no Rancho Fundo. Foi muito divertido! Comi tanto! Rodízio de pizza, e eu amooooo. Achei que por isso estava passando mal, mas o meu médico (e a Paula também) me falou que enjoos matinais são perfeitamente normais no primeiro trimestre de gestação. Graças a Deus já estou me sentido melhor e até consegui fazer uma refeição decente. E é claro que tenho que me preocupar com o que estou consumindo, né? Porque esses dois bebezinhos aqui dependem da minha alimentação, rsrs.
Gente, aproveitando que eu estou falando alimentação... fiquei muito curiosa sobre como o embrião recebe a nutrição a partir do organismo materno. Então decidi pesquisar e contar para vocês. :)
Vamos começar falando então sobre a placenta...



A Placenta:

A placenta é um órgão discóide que fica do lado de fora do útero, e tem como função realizar a troca de nutrientes do sangue da mãe para o bebê, e por incrível que pareça não ocorre mistura estre o sangue materno e o sangue fetal.
   O bebê não fica dentro da placenta.Ele fica mesmo é dentro do âmnio. Sempre ouvi minha avó dizendo isso e cresci acreditando, mas agora que estou grávida descobri que é totalmente diferente. Todo mundo sempre diz que a bolsa estourou, ou que os médicos a romperam de forma forçada né, mas essa bolsa que todo mundo fala não é onde o bebê está. Essa “bolsa” é formada a partir da fusão do âmnio e do córion liso (uma membrana que fica em torno do embrião).  Assim que li essa novidade fui correndo compartilhar com minha amiga Paula rsrsrsrs. Ela está me ajudando muito!
A placenta é formada pelo córion viloso que é a parte embrionária e a decídua basal que é a parte materna.
Ela é muitíssimo importante, porque juntamente com as membranas fetais e o cordão umbilical, auxilia na proteção, nutrição e respiração do feto.


E como a placenta é formada?  O desenvolvimento inicial da placenta acontece através da proliferação do trofoblastro, do aumento do saco coriônico e das vilosidades coriônicas. As vilosidades coriônicas cobrem todo o saco coriónico até o inicio da oitava semana de gestação (Fig. 2-A). Com o crescimento do saco coriônico, as vilosidades coriônicas vão sendo comprimidas até degenerarem, ocorrendo a formação do córion liso. Com o córion liso já estabelecido, as vilosidades relacionadas à decídua basal proliferam, constituindo o córion viloso, a porção fetal da placenta (Fig. 2-B).
No fim da quanta semana, uma rede vascular presente na placenta já é capaz de realizar trocas de gases, nutrientes e excreções do concepto para a mãe. 

Durante a formação da placenta é produzido o hormônio  hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana), que pode ser encontrada no sangue ou na urina, sete a dez dias após a concepção.
 E aí lembraram? Aquele exame de farmácia que a gente faz consegue detectar esse hormônio...







Membranas fetais:

Cordão Umbilical:
O cordão umbilical é formado a partir do saco amniótico que forma o epitélio do cordão, do alantóide que forma as veias e as artérias umbilicais e da vesícula umbilical.

                              fonte: http://blogdalo.com.br/o-que-e-e-qual-a-funcao
                                                                 -do-cordao-umbilical/

Âmnio e Líquido Amniótico:

O líquido amniótico desempenha papel de grande importância na gestação dos bebês.
Funções que ele realiza:
·         amortizar o ambiente fetal contra traumas, e suas propriedades antibacterianas.
·         Permitir o desenvolvimento do pulmão dos bebes
·         Ajuda no controle do da temperatura
·         Permite os movimentos dentro da bolsa
·         Evita a aderência do âmnio ao embrião
·         Auxiliam na homeostasia de líquidos e eletrólitos

Pela importância que o líquido amniótico desempenha na boa evolução da gestação, é fundamental compreender suas vias de regulação, podendo assim desenvolver terapias
para restaurar seu volume quando ele esteja alterado.
Nas primeiras semanas de gestação, o líquido amniótico é um simples ultrafiltrado do plasma materno,  já no final do primeiro trimestre a composição do líquido amniótico
começa a mudar, passando a se assemelhar ao plasma fetal, equilíbrio esse conseguido através da pele fetal e de outras vias de troca, como a placenta e o cordão umbilical.

Uma curiosidade:
Vocês acreditam que estima-se que o bebê nas fases finais da gravidez deglute até 400 ml de líquido amniótico diariamente.

Vesícula umbilical (ou saco vitelínico): 
Nos bebezinhos, apesar de não ter a função de fornecer o vitelo, a vesícula umbilical serve como local de transferência para os nutrientes que chegam ao embrião, antes do estabelecimento da placenta.

Alantoide: 
Li que nos répteis essa estrutura é importante para fazer a excreção, embora nos humanos ele não tenha essa função, o alantoide é importante para formar o sangue inicial nos embriões; para gerar estruturas como vasos sanguíneos no cordão umbilical; participa da formação da bexiga urinária, formando uma estrutura chamada de úraco (um cordão que liga a bexiga ao umbigo).

Gemealidade: 

É evidente que eu tinha que falar para vocês sobre a gestação de gêmeos, né? haha

Estudando sobre o assunto, vi que devemos classificar os gêmeos conforme a origem do zigoto. Isso quer dizer que gêmeos que vieram de um único zigoto são chamados de monozigóticos, mas eles podem ser univitelinos ou bivitelinos.

Os gêmeos originados de mais de um zigoto são chamados de dizigóticos ou polizigóticos (mais de dois zigotos) eles também podem ser univitelinos ou bivitelinos.

Então gente, essa informação que aprendemos lá no colégio que diz que gêmeos monozigóticos são univitelinos e gêmeos dizigóticos são bivitelinos é PAPO FURADO, viu?

Mas como ocorre a formação de gêmeos dizigóticos (ou gêmeos fraternos)?
Eles são formados pela fecundação de dois ovócitos por dois espermatozoides. Aí podem nascer dois bebezinhos do mesmo sexo, ou de sexos diferentes (confesso que gostaria que os meus filhos fossem um casalzinho, haha). Os gêmeos dizigóticos são por isso considerados com irmãos de mesma idade, e, em conseqüência, também denominados gêmeos fraternos.Mas os gêmeos dizigóticos não possuem características similares, são como quaisquer irmãos que nasceram em datas diferentes, podem se parecer.
Quando são implantados no endométrio com certa distância, os zigotos agora chamados de blastocistos,começam a se implantar no endométrio. Esses blastocistos então, se implantados com uma certa distância um do outro, são chamados de gêmeos dizigóticos bivitelinos (dois zigotos, duas placentas). Porém gente,pode acontecer também dos blastocistos serem implantados muito próximos um do outro, fazendo as placentas se fundirem, aí os gêmeos são chamados de dizigóticos univitelinos. Esse tipo de implantação em que as placentas se fundem é mais raro de acontecer, mas ainda assim existe essa possibilidade.
Quando isso ocorre somente o exame microscópio na região de união das placentas mostrara a presença da chamada zona T, composta de quatro lâminas (um âmnio de cada lado e dois córions no meio). Entre os dois córions será possível observar o trofoblasto e vilosidades coriônicas atrofiadas.



os gêmeos monozigóticos, hein??



Os gêmeos monozigóticos, popularmente chamados de idênticos, são formados à partir um único óvulo fecundado por um único espermatozoide. Nesse caso, vai acontecer a formação de dois novos embriões derivados de um só zigoto (por isso eles serão geneticamente idênticos) e serão sempre do mesmo sexo.

O que pode acontecer é que mais ou menos no 4° dia (durante a clivagem) o embrião pode se partir durante sua
movimentação nas trompas. Resultando na formação de dois embriões, cada um com seu saco amniótico. Então, quando forem se implantar no endométrio, um distante do outro, cada um terá sua própria placenta, e serão chamados de gêmeos monozigóticos bivitelinos (em 35% dos casos de gêmeos monozigóticos). Se forem implantados muito próximos um do outro, eles terão placentas fundidas e serão monozigóticos univitelinos
Se acontecer do embrião se partir já como na fase de blastocisto, o embrioblasto pode se quebrar e formar dois ou mais embriões, já que é do embrioblasto que se forma a placenta. Eles dividirão uma placenta, sendo então chamados de monozigóticos univitelinos. 








Síndrome de transfusão entre gêmeos:

   Acontece quando numa gravidez monocroniônica, (placenta partilhada ou fundida), diamniótica (duas membranas de líquido amniótico) pode ocorrer a anastomose dos vasos coriônicos. Esta condição acontece quando os vasos da vilosidade coriônica se fundem e o suprimento sanguíneo fica misturado - o contrário do que ocorre em uma gestação normal, em que o suprimento é direcionado para os dois vasos  placentários de forma separada. Ao ocorrer essa fusão, um dos dos gêmeos terá um aporte maior de sangue, fazendo com que esse feto passe a ser o receptor e o outro feto, que recebeu menor quantidade de fluxo sanguíneo, seja o doador. O gêmeo doador geralmente é menor, e pode sofrer anemia pela falta de fluxo sanguíneo. Já o gêmeo receptor geralmente é maior, mas pode desenvolver problemas de insuficiência cardíaca devido à grande quantidade de fluxo sanguíneo que recebe.

   Fica evidente a preocupação com a ocorrência dessa síndrome, já que ela pode levar à complicações e até à morte de um ou dos dois fetos. O que se pode (e deve ser feito!!!) é um pré-natal adequando, possibilitando um diagnóstico rápido, para assim haver um melhor acompanhamento desta gravidez. Os tratamentos são feitos através de amniocentese (retirada de parte do líquido amniótico do gêmeo receptor) para equilibrar a quantidade de líquido entre os fetos.  Também pode ser feita uma terapia a laser, sendo essas, duas formas eficientes de tratamento, apresentando ótimos resultados.





Gente, por hoje é só, empolguei e escrevi demais rs. Amanhã vou falar para vocês como OCORRE A CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA...

Um beijooo, fiquem com Deus!



Referências:

BEIGUELMANBERNADO, O Estudo de Gêmeos. pags; 15-16.
http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v5n4/27758.pdf

MOORE K L., PERSAUD T.V.N. Embriologia Clínica. 7ª Edição. Elsevier, 2008 pags; 76-95.


Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., pags 404, Recife, 5 (4): 403-410, out. / dez., 2005
http://blogdalo.com.br/o-que-e-e-qual-a-funcao-do-cordao-umbilical/Acesso em: 16/05/2016.




Um comentário:

  1. Luna, adorei essa postagem. Agora entendi tuudo de gêmeos de uma maneira super divertida. Continue postando novidades, estou ligadinha no "Mundo da Luna".

    Beijos

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