terça-feira, 17 de maio de 2016

Olááaaaa minhas lindezas! Tudo bem com vocês? Eu estou ótima e trago novidades... 

    Ontem disse para vocês que iria falar mais um pouco sobre a placenta, lembram? Acontece que fui ao médico para mais uma consulta de rotina e ele me contou sobre a circulação útero-placentária... Eu fiquei suuuper curiosa, então resolvi pesquisar mais um pouco (isso é o que eu mais tenho feito). Gente, tudo é muito diferente do que eu imaginava e é claro que vou compartilhar com vocês. Fiquem ligadinhos nas informações abaixo...


   Como havia contado para vocês, a placenta possui duas porções: a porção materna da placenta é a decídua basal e porção fetal é o córion viloso, que possui vilosidades projetando-se para o espaço interviloso. Essas porções placentárias encontram-se fortemente aderidas pelo citotrofoblasto, que permite que o saco coriônico possa se ligar à decídua basal, onde suas vilosidades coriônicas prolongam-se para o espaço interviloso.

  Com a proliferação das vilosidades coriônicas na decídua basal, os septos placentários (projeções da decídua basal) se desenvolvem em direção à placa coriônica. Os septos da placenta dividem a parte fetal da placenta em áreas arredondas chamadas de cotilédones. Os septos placentários também dividem o espaço interviloso em compartimentos que comunicam-se livremente, já que os septos não alcançam a placa coriônica. O sangue materno chega então ao espaço interviloso através das artérias endometriais (Fig. 4). Descrição: como trabalhar pela internet



































Circulação materno-placentária

  Na circulação materno-placentária, o sangue materno entra no espaço interviloso (que é a placa coriônica) por uma quantidade de 80 a 100 artérias espiraladas. As artérias espiraladas chegam no espaço interviloso com uma pressão muito alta (o sangue jorra igual a uma cachoeira, haha). São então estabelecidas trocas com o sangue fetal, sem que haja mistura do sangue materno com o sangue do feto, pois as trocas são realizadas via membrana placentária. Depois de feitas essas trocas, o sangue materno, que passa a ser um sangue pouco oxigenado, flui pelas veias endometriais e volta para a circulação sanguínea materna.

  O espaço interviloso de uma placenta possui 150 ml de sangue, reposto de 3 a 4 minutos. É uma troca rápida e constante. Gente olhem só... se a grávida estiver com algum tipo variação no sangue, como por exemplo uma baixa na concentração de glicose, essa baixa já pode ser sentida na circulação placentária em poucos minutos. Podendo causar alguma alteração no desenvolvimento do bebezinho feto. Por isso, a alimentação das gestantes deve ser bastante variada e nutritiva, com refeições a cada 3 horas (ajude-me Senhor com o sacrifício que é ficar sem a minha querida batata frita!!!). 


Circulação feto-placentária

  A circulação sanguínea no cordão umbilical é inversa à circulação do nosso corpo. Nos vasos sanguíneos do cordão umbilical, as artérias trazem sangue pouco oxigenado (sangue venoso) e a veia carrega o sangue oxigenado (sangue arterial).

  No feto, as artérias umbilicais trazem sangue pouco oxigenado (já que o sangue foi utilizado para suprir oxigênio para o feto). Esse sangue "pobre" deixa o feto através das artérias umbilicais e chega até as vilosidades pelo cordão umbilical. Quando passa para as vilosidades, alcança o local onde serão realizadas as trocas entre os produtos metabólicos e gases. Então o sangue fetal recebe o oxigênio e nutrientes provenientes do sangue materno, e retorna para o feto via veia umbilical.


Então galera, não se esqueçam: a circulação sanguínea que ocorre no cordão umbilical é inversa.

Veia = sangue muito oxigenado.
Artéria = sangue pouco oxigenado.







As trocas ocorridas no transporte placentário

  Vamos entender agora o que é feito esse transporte na placenta? Quase todas as substâncias são capazes de atravessar a membrana placentária. Esse transporte é feito por 4 mecanismos que são:
Difusão simples: acontece a favor do gradiente onde há uma alta concentração no sangue materno e baixa concentração no sangue fetal. Exemplos: difusão de água, gases, a maioria dos fármacos.
Difusão facilitada: também ocorre a favor do gradiente, mas ocorre a utilização de um transportador.  Exemplo: glicose. 
Transporte ativo: com gasto de energia (contra o gradiente de concentração). Exemplos: aminoácidos, ferro, vitaminas.
Pinocitose: Onde ocorre a entrada de moléculas grandes. Exemplos: alguns anticorpos e proteínas e determinados vírus.



 Por hoje é só, meus amores. Deixa eu ir dormir que está tarde e a minha cama está me chamando rs. 
Beijoooos!


Referências:

MOORE K L., PERSAUD T.V.N. Embriologia Clínica. 7ª Edição. Elsevier, 2008 pags; 76-95.

Sites:





2 comentários:

  1. Oi Luna! Boa noite, meu nome é Alice, faço curso de ciências Biológicas, e estou amando o seu blog, ele tem me ajudado muito a estudar, você fala sobre assuntos interessantes e que estão em questão na faculdade. A maneira das postagens no blog fica mais didático.
    Percebi que você tem um gato e gostaria de saber se você já pesquisou ou já ouviu falar sobre doenças relacionadas?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Alice. Respondi o seu comentário ontem na minha última postagem, você viu?? Obrigada pelo carinho e continue ligada nas novidades, tá bom?
      Um beijo!

      Excluir