Oiee! Meus AMIGOS E AMIGAS AMO
MUITO VOCÊS... e fico muito feliz em saber que estão aqui sempre acompanhando
esse que é o um momento único e maravilhoso para mim! Depois de tanta correria
nos últimos dias, ainda teve essa viagem que fiz vocês sebem né?! Kkkkk eu
precisava de uns dias de férias para espairecer um pouco..! Eu obtive muitas
informações que foram muito importantes para que eu viesse saber como cuidar de
mim e do meu BEBE.
Eu
encontrei com minha amiga Paula que entende TUDO de gestação. E conversando com
ela eu disse – Paula eu tive um sonho horrível na noite passada, foi terrível
mesmo. Eu sonhei que fiz uma ultrassonografia e meu bebe aparecia com pequenas
deformações nos lábios e partes do corpinho dele... Depois veio outro sonho no
qual ele tinha nascido com deformação na cabeçinha ... Paula me ajuda, TO ASSUSTADA,
ME ESPLICA ISSO AMIGA, pois agora eu me sinto triste e só penso nisso.. TO COM
MUITO MEDO DE O MEU BEBE NASCER ASSIM..!
- Olha Luna, esse foi só um
pesadelo que você teve, mas te confesso que essa possibilidade de uma criança
ser formada ou nascer com deformidades e um fato real que acontece muito. Vou
te explicar alguns casos..!
Gastrosquise e Onfalocele -
Correlação clínica
São
defeitos do fechamento da parede anterior do abdômen. A diferença básica é que
na onfalocele as vísceras são recobertas por membranas translúcidas (âmnio e
peritônio parietal), estando o cordão umbilical sempre no ápice do defeito, na
gastrosquise o defeito abdominal é relativamente pequeno, localizado geralmente
à direita do cordão umbilical não havendo membranas recobrindo as vísceras. Por
volta da quinta semana do desenvolvimento embrionário ocorre abrupto
crescimento e alongamento do intestino médio, desproporcional ao corpo do
embrião, resultando em exteriorização de maior parte do intestino através do
umbigo. Esta hérnia natural permanece até a décima semana, quando a cavidade
abdominal, crescendo de modo suficiente, recebe de volta as vísceras
exteriorizadas. A origem da onfalocele surge a partir do não retorno das
vísceras abdominais que formaram a hérnia fisiológica. No entanto, a patogenia
gastrosquise ainda é controversa. Acredita tratar-se de uma teratogenia, devido
a rotura precoce da somatopleuraparaumbilical, ao nível da veia umbilical direita,
que se encontra atrofiada. Ocorre no local de involução da segunda veia
umbilical. Na fase em que o intestino primitivo cresce desproporcionalmente
ocorre o prolapso deste através do defeito paraumbilical. O intestino continua
seu desenvolvimento na cavidade amniótica banhado pelo líquido amniótico.
As figuras a seguir demonstram em A uma onfalocele e em B uma
gastrosquise
O desenvolvimento e crescimento humano podem ser afetados por
diversos fatores e/ou condições. Este comprometimento pode ocorrer tanto no
período pré quanto pós-natal e são oriundos de fatores internos e externos.
Entre os fatores internos estão as influências genéticas e as condições
maternais do ambiente pré-natal. Já entre os fatores externos, a alimentação, o
álcool, o tabagismo e as drogas ganham destaque, pois se sabe que, embora o
feto esteja protegido pela placenta, certas substâncias podem penetrá-la e
causar reações negativas como deformidades físicas e disfunções comportamentais
(GABBARD, 2000).
Um agente causador de
deformidades físicas ou, até mesmo, a morte de um feto é denominado teratógeno
(GABBARD, 2000). Para GALLAHUE & OZMUN (2001), teratógenos são quaisquer
substâncias que possam fazer o bebê desenvolver-se de maneira anormal. Entre os
fatores teratogênicos estão, as drogas e medicações, as doenças maternas e a
nutrição. Os maiores riscos para o desenvolvimento pré-natal ocorrem entre a terceira
e a oitava semana de gestação, uma vez que este período é considerado como o
momento em que o embrião está mais suscetível a possíveis danos causados por
fatores teratogênicos.
O desenvolvimento e crescimento
humano podem, também, serem afetados por fatores chamados erros genéticos.
Entre estes estão a desordem cromossômica, desordem cromossômica sexual e a
desordem genética. Além dos fatores teratogênicos e dos erros genéticos, outros
fatores, tais como: (1) a idade da mãe, (2) paridade, (3) nutrição, (4)
incompatibilidade de Rh, (5) anormalidades genéticas, (6) posição fetal, (7)
estresse materno, (8) ocupação da mãe também podem afetar o desenvolvimento
humano (GABBARD, 2000).
A idade da mãe apresenta uma
estreita relação com o desenvolvimento humano no que diz respeito ao processo
de parto e bem estar geral da criança. De acordo com GABBARD (2000), mulheres acima dos 35
anos apresentam um risco maior de darem a luz a crianças com Síndrome de Down
(um cromossoma extra no par 21, fazendo com que o zigoto tenha quarenta e sete
cromossomos) ou crianças com problemas para desenvolver suas habilidades
motoras finas. Isto pode estar relacionado com os órgãos reprodutores, uma vez
que estes possam estar afetados pela ação de envelhecimento ou pela exposição a
agentes químicos danosos, drogas e outros fatores. Já para mulheres abaixo dos
18, o sistema reprodutivo pode não estar suficientemente maduro e o cuidado
pré-natal, geralmente é pobre. Isto implica em partos longos e prematuros e os
bebês, na maioria das vezes, nascem abaixo do peso normal. Segundo GABBARD (2000), a melhor época para a
mulher ter um bebê é entre vinte e dois e vinte e nove anos.
Outro fator relacionado à mãe
que pode comprometer o desenvolvimento do bebê é a paridade que significa o número
de crianças previamente nascidas da mesma mãe. A paridade pode afetar o curso
inicial do desenvolvimento da criança devido à recuperação do sistema endócrino
até seu nível pré-concepção o que, normalmente, pode levar, quatro anos entre
cada gravidez. De acordo com GABBARD
(2000), existem evidências que mostram que crianças nascidas antes desta
recuperação estão mais suscetíveis a malformações.
A nutrição da mãe desempenha um
papel fundamental no desenvolvimento do bebê, pois ela é a única fonte alimentar
da criança. Uma vez que esta nutrição não seja adequada pode trazer
conseqüências severas para o bebê de forma que este possa vir a nascer
prematuro, com crescimento retardado do esqueleto, funcionamento mental pobre e
até mesmo natimorto (GABBARD, 2000). Para GALLAHUE & OZMUN (2001), além da
má nutrição maternal, outros dois fatores também devem ser levados em
consideração com relação à nutrição: (1) a má nutrição placentária, que
significa problemas associados com o fornecimento e com o transporte de nutrientes
da placenta para o feto, e (2) a má nutrição fetal, que significa a dificuldade
ou inabilidade do feto em utilizar os nutrientes que estão disponíveis para
ele.
A incompatibilidade de Rh também
é um fator que deve ser considerado no desenvolvimento humano. Embora o sangue
da mãe não se misture em excesso com o do feto, existe a possibilidade de
surgir problemas de incompatibilidade de Rh quando mãe e pai apresentam os
mesmos grupos Rh. Outra forma de ocorrer incompatibilidade é quando a mãe e o bebê
apresentam fator Rh diferenciados (incompatíveis) e no processo do nascimento o
sangue de ambos se mistura. Neste caso, o corpo da mãe pode reagir ao fator Rh
estranho do bebê criando anticorpos e estes, em uma próxima gravidez, se o bebê
apresentar novamente o mesmo fator Rh, podem atravessar a placenta causando
danos ao feto (GABBARD, 2000).
De acordo com GABBARD (2000), outro fator interno
que pode causar danos ao feto é a posição fetal. A ossificação é estimulada
pela pressão na estrutura esquelética, mais precisamente nas pontas dos ossos.
Conforme a posição em que o feto se encontra, esta pressão pode ser
insuficiente e causar o desenvolvimento esquelético imaturo.
GABBARD (2000), também considera
o estresse materno e a ocupação ou profissão da mãe como fatores internos que
comprometem o desenvolvimento da criança. Este autor afirma que algumas
ansiedades durante a gravidez são inevitáveis e na maioria das vezes não representam
graves perigos ao bebê. Entretanto, se o estresse emocional é excessivo, pode
ser transferido para o feto por meio de hormônios e outros elementos
bioquímicos na corrente sanguínea, o que pode causar aumento do movimento fetal
e, após o nascimento, choro excessivo, irritabilidade, problemas para comer e
de digestão e diarréia. Ainda com relação ao estresse, este autor ressalta que
em um estudo que comparou os bebês de gestantes que trabalharam fora nos
últimos três meses de gestação com gestantes que permaneceram em casa neste
mesmo período mostraram que os bebês das gestantes que trabalharam fora pesaram
de 140 a 312 gramas a menos do que os bebês das mulheres que não trabalharam
fora nesta época.
Com relação aos fatores
externos, GABBARD (2000) e
GALLAHUE & OZMUN (2001), consideram que as infecções e doenças bem como as
drogas e as substâncias químicas como os fatores mais prejudiciais ao
desenvolvimento. Entre as infecções e doenças estão a citomegalovirus (que pode
causar o nascimento de um feto morto, aborto, baixo peso e irregularidade no
sistema nervoso), microencefalia (cabeça excessivamente pequena, e baço e
fígado maiores que o normal), diabetes (que aumentam em 50% a probabilidade de
morte do feto), sífilis (que ataca o sistema nervoso do feto
Com relação a drogas e
substâncias químicas GABBARD
(2000) e GALLAHUE & OZMUN (2001), destacam o fumo e o álcool como os
maiores agentes externos causadores de deformidades no feto. Com relação ao
cigarro, estes autores explicam mães que fumam apresentam um alto grau de bebês
com nascimento prematuro e de baixo peso ao nascer. Além disso, o uso do
cigarro pode causar ao feto problemas de memória e aprendizado mais tarde
(pós-natal), aborto, má formação do coração e outros órgãos e um aumentado risco
de defeitos ao nascimento. Já em relação ao álcool, estes autores deixam claro
que este composto pode afetar diretamente o desenvolvimento infantil, pois pode
atravessar a placenta e, como o fígado do feto ainda está imaturo, o álcool
permanece por muito tempo no seu sistema. Este fato vem demonstrando grandes
anormalidades no desenvolvimento. Esta mesma reação é observada para as mães
usuárias de drogas.
Acredito Luna que as
considerações sobre os fatores que afetam o desenvolvimento humano são
conteúdos indispensáveis não só para os profissionais da área da saúde, mas
também para todas as pessoas que pretendem ter filhos. Já passei pela
inigualável experiência de acompanhar uma gravidez, logo, tenho consciência da
importância de se controlar todos estes fatores para que os riscos sejam
minimizados ao máximo para que o bebê possa ter um nascimento saudável. É claro
que o fato de controlar estes fatores nem sempre impede problemas com os bebês,
mas se é possível reduzir a probabilidade de submeter às crianças ao risco, por
que não fazê-lo?
Felizmente, acredito que hoje,
exista uma maior preocupação dos pais com a vida pré-natal devido à quantidade
de informações a respeito que são divulgadas em todos os veículos de
comunicação. GALLAHUE & OZMUN (2001), ao final do capítulo afirmam que o
período pré-natal é importante demais para ser deixado de lado. Eu concordo com
esta afirmação e espero que a conscientização da população cresça cada vez mais
e fatores de risco como álcool, cigarro e drogas sejam cada vez menos
utilizados.
Toda
matéria: “Correlação Clinica – Gastrosquise e Onfalocele”. Disponível em <http://www.famema.br/ensino/embriologia/organogenese.php
Toda a
matéria: “Fatores que afetam o desenvolvimento”. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd170/fatores-que-afetam-o-desenvolvimento.htm
Referências bibliográficas
GABBARD,
C. P. Lifelong Motor
Development. Boston: Allyn
& Bacon, 3º ed., 2000.
GALLAHUE,
D. L. & OZMUN, J. C. Compreendendo
o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte editora, 2001, 641p.
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