Oi
genteee!!!! Tudo bem???
Hoje eu
não trabalhei (a empresa onde trabalho emendou o feriado \o/ \o/ \o/) e estou
aqui com o Boris só curtindo o friozinho debaixo das cobertas, hehe. O Mateus
já está chegando pra gente assistir a um filme juntos. Enquanto ele não
chega, deixe-me contar para vocês o que tenho pesquisado sobre a Toxoplasmose,
essa que é uma doença tão séria na gestação. Vamos lá?
Toxoplasmose
A toxoplasmose, ou popularmente
chamada doença de gato, é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. A forma de contágio deste
parasita se deve de três maneiras. Uma delas é ocorrida em ambientes onde existam
gatos. Apenas os felinos são transmissores do Toxoplasma gondii. São eles os responsáveis, dentro do ciclo biológico da
doença, pela produção e eliminação dos oocistos, levando à perpetuação da
doença. E gato é um transmissor importante porque é um animal domesticado.
Estes felinos ingerem os cistos (formas
residuais do parasita), que estão presentes nos
tecidos de outros animais (como ratos e pássaros) e eliminam os oocistos através
das fezes. Os oocistos se transformam em esporos, se tornando infectantes
e contaminando o ambiente.
A segunda maneira se adquirir o parasita é através do consumo de carne
contaminada. O protozoário pode estar presente nos organismos de mamíferos e
aves, que infectados com os cistos, apresentam esse parasita alojado em seus
músculos. A ingestão de carne crua ou mal passada infectada libera o
protozoário que dissemina a infecção pelo ambiente. Há
ainda uma terceira forma de contágio que é através da ingestão de água, frutas
ou vegetais contaminados. A recomendação é somente consumir estes alimentos
após realização da higienização adequada dos mesmos.
No
Brasil, de acordo com cada região do país, de 40% a 90% dos adultos são
positivos para a doença. Grande parte da população brasileira e também mundial
apresenta anticorpos específicos contra o Toxoplasma
gondii, sem que haja qualquer manifestação da doença. Porém, algumas populações
devem ser consideradas pertencentes a um grupo com maior risco de contaminação.
São os casos dos portadores de distúrbios imunossupressores (HIV, por exemplo)
e mulheres gestantes.
Toxoplasmose durante a gestação
Na gravidez, a toxoplasmose é geralmente assintomática, ou em alguns casos, traz poucos sintomas para a gestante, mas pode levar a complicações sérias para o feto. No bebê, essas complicações variam de acordo com o trimestre da gravidez em que houve a infecção da mãe.
Estima-se que, por ano, nasçam cerca de 8 mil bebês com toxoplasmose
congênita –transmitida via placenta. Muitos fetos nesta condição nem mesmo
chegam a nascer. Parte da culpa pelo problema é dos obstetras, que por
negligência ou falta de informação, não fazem o diagnóstico adequado da doença.
O exame, visto como rotina por médicos, é solicitado apenas no início da
gravidez. Conduta essa, que deveria ser repetida durante todo o pré-natal. O
resultado é que 90% dos casos de toxoplasmose congênita não são diagnosticados.
Na pessoa com o sistema imunológico em ordem, a toxoplasmose é
geralmente benigna e lembra uma gripe ou resfriado. Os parasitas são
rapidamente atacados pelas defesas do nosso organismo. O mesmo não acontece com
o feto. Quando a mãe, que nunca teve contato com o T. gondii o adquire pela primeira durante a gestação, fica o feto
exposto ao risco de desenvolver a toxoplasmose congênita. A contaminação ocorre
porque o sistema imunológico do bebê ainda não funciona muito bem. Uma vez que
os toxoplasmas caem na corrente sanguínea materna, podem atravessar a membrana
placentária e atingir a circulação do feto. Ocorre então a infecção congênita.
Os riscos
para o bebê de acordo com o trimestre de gestação
O risco de a mãe passar a doença para o bebê durante a gestação é
gradativamente maior, conforme mais avançado for o período da gravidez. A
gravidade, porém, é inversamente proporcional ao tempo da gestação e à
facilidade da transmissão.
No primeiro trimestre de
gravidez
Nas seis primeiras semanas, o risco de
transmissão do toxoplasma para o feto é de 1% a 2%, pois a placenta possui
pouca vascularização. Porém, se a mãe infecta-se no primeiro trimestre e passa
o toxoplasma para o feto, o estrago é desastroso. Geralmente as sequelas são
graves, e em muitos casos, pode ocorrer o aborto espontâneo, em especial no
primeiro mês. O bebê infectado até a 17ª semana, já ao nascer, pode apresentar
sinais como: hipotonia (o corpo fica molinho, ele não mama bem), fígado e baço
aumentados e pintinhas vermelhas por sangramento em todo o corpo. Também lesão
ocular, que pode afetar os dois olhos (retinocoroidite bilateral), convulsões,
calcificações intracanianas e microcefalia/hidrocefalia, revelando grande
destruição do tecido cerebral.
No segundo trimestre de gravidez
Até a 17ª semana o risco sobe
para cerca de 15%. Da 17ª à 25ª atinge aproximadamente 50%. O feto, entretanto,
não é tão afetado quanto no primeiro trimestre. Mesmo assim, o bebê pode
apresentar problemas como pequeno retardo mental e problemas oculares.
No terceiro trimestre de gravidez
Da 25ª
semana até o final da gravidez a chance de o feto ser contaminado sobe para
80%. Apesar de ser
facilmente transmissível no último trimestre, em geral a doença mostra-se bem menos
agressiva para o bebê, cuja capacidade de defesa já é bem maior.
Lesões causadas pela toxoplasmose congênita |
O teste é indispensável!
Já no
início do pré-natal as gestantes devem fazer o exame contra o Toxoplasma
gondii. A pesquisa no sangue de anticorpos IgG e IgM (é desta forma que o
médico solicita o exame) irá definir se a mãe já teve contato com o parasita ou
não.
Estes são os
possíveis resultados e seus significados:
IgM negativo e IgG positivo – a gestante já teve contato com o
toxoplasma. Por isso está imunizada e não apresentará perigo de uma nova
infecção. Ela pode ficar tranquila, não há riscos para o bebê.
Teste de Toxoplasmose mostrando resultado negativo |
IgM e IgG positivos - a gestante pode, ou não,
ter apresentado infecção recente. Os exames atuais mais sensíveis analisam a
situação de até dois anos antes. Por isso, o ideal é a gestante fazer um teste
de avidez, que especifica se a infecção é nova ou antiga, ou seja, se há risco
do bebê ser contaminado. A grande maioria dos casos indica que grávidas com IgM
e IgG positivos têm alta avidez. Isso
significa que a gestante foi infectada anteriormente a gravidez, e por isso não
traz riscos para o feto.
IgM e IgG negativos – os anticorpos negativos demonstram que a gestante nunca teve
contato com o parasita e pode vir a infectar-se e transmitir o toxoplasma para
o bebê. A preocupação inicial é evitar a
contaminação através de medidas de higiene e de dieta para a gestante. Outro
cuidado essencial é a repetição do teste, que deve ser feito, no mínimo, a cada
mês. A repetição do teste é obrigatória e é a única maneira de obter o
diagnóstico precoce da infecção materna. Assim o tratamento poderá ser feito, reduzindo
o risco de transmitir o toxoplasma para o bebê.
O que eu recomendo
para as gestantes, que, assim como eu, ainda não tiveram contato com a
infecção, é sempre pedir a repetição do teste. O teste não pode ser feito na
última hora, e o obstetra não pode esquecer-se disso! Essa atitude pode salvar
a vida do bebê.
Achei necessário falar
também dos cuidados que as grávidas com gatos em casa devem ter. Não é para sair por aí jogando o pobre do gatinho na rua não. Pelo amor de Deus, gente! Entretanto, é fundamental que a gestante tome algumas precauções...
Os donos de felinos devem evitar que os gatos
tenham hábitos selvagens de caça. É importante restringir o espaço do seu
gatinho a ambientes externos e utilizar produtos industrializados para a sua
alimentação. I sso pode impedir o contato deles com roedores ou pássaros que possam estar infectados.
Outra prevenção importante é a realização de
limpeza diária das caixas sanitárias. Essa rotina previne consideravelmente o
contágio, já que a esporulação dos oocistos ocorre 2 dias após sua liberação
junto às fezes contaminadas. Caso as gestantes sejam as responsáveis pela
higiene das caixas, o mesmo deve ser feito usando luvas e até máscara, já que
pode ocorrer inalação dos oocistos.
Aaah, gente!!!!! Peraí
que tenho que apresentar alguém para vocês...
Queridooos, já me
vou. Beijos, fiquem com Deus e até as próximas...
Referências:
http://www.nucleoveterinariobh.com.br/dicas-detalhes.aspx?id=61. Acesso em 27/05/2016
http://www.oftalmopediatria.com/texto.php?ct=9. Acesso em 24/05/2016
http://drauziovarella.com.br/mulher-2/toxoplasmose-2/.
Acesso em 24/05/2016
Post completíssimo, ótimo. Cuidado com o Boris hein?!
ResponderExcluirBjo
Post completíssimo, ótimo. Cuidado com o Boris hein?!
ResponderExcluirBjo
Ei Luna! o Boris é um gatinho muito lindo mesmo, rs.
ResponderExcluirBeijos